Quando Começa a Fala: Entenda os Marcos da Linguagem

Descubra quando e como seu filho começa a falar, o que é esperado e os sinais de alerta que merecem atenção.


Introdução

Se você está se perguntando como e quando a criança começa a falar – o que é esperado e o que observar, saiba que essa é uma dúvida comum entre pais e cuidadores. A linguagem é uma das habilidades mais fascinantes do desenvolvimento humano, e cada bebê tem seu próprio ritmo. No entanto, existem marcos esperados e sinais de alerta importantes para identificar possíveis atrasos. Entender esse processo é essencial para oferecer o suporte ideal à criança e, se necessário, buscar ajuda profissional a tempo.

Neste artigo, vamos explorar como e quando a criança começa a falar – o que é esperado e o que observar, com base em evidências científicas, experiências práticas e orientações de especialistas. Você vai entender o que é considerado normal, como estimular a linguagem e quando procurar um fonoaudiólogo.


O Que é Considerado Normal no Desenvolvimento da Linguagem

Desde os primeiros dias de vida, os bebês estão absorvendo sons, entonações e padrões de fala. Mas, afinal, quando eles começam realmente a falar?

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, os marcos mais comuns são:

  • 0 a 6 meses: o bebê reage a sons, sorri quando falam com ele e começa a balbuciar.
  • 6 a 12 meses: surgem os balbucios com entonação (“mamama”, “dadada”) e as primeiras palavras intencionais como “mamãe” e “papai”.
  • 12 a 18 meses: o vocabulário pode ter de 3 a 10 palavras.
  • 18 a 24 meses: a criança já entende comandos simples e combina duas palavras (“quer água”).
  • 2 a 3 anos: vocabulário cresce rapidamente; frases com 3 ou mais palavras são comuns.

Essas fases são estimativas e podem variar. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reforça que, até os 2 anos, a criança deve se comunicar de forma funcional, mesmo que ainda com erros na pronúncia.

“Até os 12 meses, espera-se que os bebês balbuciem, imitem sons e digam palavras simples como ‘mamãe’ e ‘papai’ com intenção clara” — Academia Americana de Pediatria

Fatores que Influenciam o Início da Fala

Nem toda criança vai falar no mesmo tempo. Fatores como genética, estímulos ambientais, qualidade das interações sociais e até o uso excessivo de telas podem interferir.

Entre os fatores positivos, destacam-se:

  • Interação ativa com os pais (olho no olho, responder ao balbucio, cantar músicas);
  • Leitura de livros infantis desde os primeiros meses;
  • Exposição à linguagem variada, com conversas e narração do que acontece no dia a dia.

Já entre os fatores que podem prejudicar:

  • Excesso de tempo de tela antes dos 2 anos;
  • Pouca interação verbal no ambiente familiar;
  • Negligência emocional ou dificuldades sensoriais.

“O ambiente rico em linguagem e interações significativas é o maior aliado para que a criança desenvolva a fala de forma natural e saudável.” — Marina de Mattos, fonoaudióloga

Como Estimular a Linguagem em Cada Fase

Pais e cuidadores são os primeiros professores de linguagem da criança. Veja como você pode agir ativamente em cada fase:

0 a 6 meses

  • Converse com o bebê olhando nos olhos;
  • Cante músicas de ninar;
  • Responda aos sorrisos e balbucios.

6 a 12 meses

  • Nomeie objetos do cotidiano;
  • Brinque de imitar sons e gestos;
  • Leia livrinhos com rimas e cores.

12 a 24 meses

  • Use frases simples e diretas;
  • Dê escolhas (“você quer banana ou maçã?”);
  • Narre suas ações (“agora vamos trocar a fralda”).

2 a 3 anos

  • Amplie frases da criança (“quer bola?” → “Você quer a bola vermelha?”);
  • Incentive perguntas e respostas;
  • Brinque com músicas infantis com gestos e repetições.

Como e Quando a Criança Começa a Falar – O Que é Esperado e O Que Observar

Este é o ponto central da preocupação de muitos pais. Saber como e quando a criança começa a falar – o que é esperado e o que observar evita ansiedade desnecessária e permite agir cedo, caso haja algum atraso.

Segundo o CDC – Centers for Disease Control and Prevention, sinais de alerta incluem:

  • Ausência de balbucio até os 12 meses;
  • Nenhuma palavra até os 18 meses;
  • Pouca compreensão de comandos até os 24 meses;
  • Frases sem sentido ou ecolalia persistente após os 3 anos;
  • Perda de habilidades já adquiridas.

Se algum desses sinais for percebido, é indicado buscar um fonoaudiólogo. A intervenção precoce é fundamental.

Quando Procurar Ajuda Profissional

Não é raro que pais escutem frases como “cada criança tem seu tempo”, o que é parcialmente verdade. Porém, atrasos expressivos não devem ser ignorados.

Se seu filho:

  • Não se comunica verbalmente nem com gestos;
  • Parece não entender o que é dito;
  • Usa muito mais gritos do que palavras;
  • Tem histórico familiar de atraso na fala ou autismo;

… então vale a pena consultar um profissional. O fonoaudiólogo infantil poderá fazer uma avaliação detalhada.

Veja também: Rotina estruturada: a chave para a segurança emocional infantil

Como Diferenciar um Atraso Simples de um Transtorno

Às vezes, a criança demora a falar, mas evolui normalmente após um tempo. Em outros casos, pode haver:

  • Transtorno do desenvolvimento da linguagem (TDL);
  • Transtorno do espectro autista (TEA);
  • Problemas auditivos ou neurológicos.

A avaliação profissional leva em conta o contexto completo, incluindo audição, ambiente familiar e aspectos cognitivos. Por isso, nunca compare seu filho diretamente com outras crianças. Cada uma é única.

Papel dos Pais e Educadores na Estimulação

O papel dos pais e educadores é criar um ambiente acolhedor, previsível e verbalmente ativo.

Dicas práticas:

  • Evite o uso de telas antes dos 2 anos;
  • Conversem durante as refeições e brincadeiras;
  • Deixe a criança se expressar, mesmo com erros;
  • Valorize cada avanço e estimule novas palavras naturalmente.

A linguagem é construída em camadas e exige paciência. Quanto mais rica for a interação cotidiana, mais fluente será o desenvolvimento verbal.


Conclusão

Saber como e quando a criança começa a falar – o que é esperado e o que observar ajuda famílias a apoiarem seus filhos de forma consciente e sem ansiedade. Observar marcos, estimular a comunicação e buscar ajuda quando necessário são passos fundamentais para garantir que a criança tenha uma base sólida para o aprendizado futuro.

E você, já observou como seu filho se comunica no dia a dia? Em que fase da fala ele está?

Deixe sua experiência ou dúvida nos comentários. Vamos trocar ideias!


FAQ – Perguntas Frequentes

Toda criança fala com 1 ano?

Não necessariamente. Algumas crianças falam suas primeiras palavras com 10 meses, outras por volta dos 18 meses. O importante é observar se há evolução.

A demora para falar sempre indica autismo?

Não. Atrasos na fala podem ter muitas causas. O autismo é apenas uma possibilidade, entre várias.

Quando levar ao fonoaudiólogo?

Se a criança não balbucia até os 12 meses ou não fala até os 18, já é válido buscar uma avaliação.

Usar tela atrapalha o desenvolvimento da fala?

Sim. O uso excessivo de telas nos primeiros anos de vida pode interferir na linguagem e na interação social.

Como estimular a fala em casa?

Conversar com o bebê, cantar músicas, ler livros, nomear objetos e narrar atividades cotidianas são formas eficazes.

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